quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Um louco a observar.



A sociedade preza aparência
O louco crê na transparência
A sociedade se esconde atrás da decência
(os ricos na descendência)
Os loucos se divertem com a decadência
e a maledicência
existente em qualquer nível social
- o louco é sempre anormal
Em um mundo tão desigual
em uma conta tão decimal
de diferença cultural
Os loucos disseminam conhecimento
em musicas , livros, entretenimento
sem machismo, abismo ou ocultismo
nos grandes artistas do passado ou do momento
Já os críticos de domingo a tarde
a tal dita cuja sociedade
guarda pra si o tempo,
os livros mofados
o jornal lido
a revista passada
Não ensinam nada e pouco aprendem
porem, prendem os filhos na aparência
por contarem desde cedo a maledicência
e dizer que o louco
é um problema da ciência
e que ouvir a verdade deles
altera a consciência
Acham que todos tem um destino traçado
e só é respeitado
quem anda quadrado
segue a risca
e nem mesmo pisca
pra não perder o caminho
Já o louco
senta; e espera um pouco
vê que o mundo gira
e a sociedade pira
por tanto criar sujeito passivo
que se entope todo dia com anti-depressivo
por achar que a felicidade
tem hora e tem idade
e que a transparência
só é aceita na rebelde adolescência
que aos poucos também se perde na escolha
ao ver a poesia dos loucos
depois de anos, ainda nova em folha
A profecia do artista não morre
prevalece e sempre socorre
o normal, ser social
que aprende a ver como quem vê de fora
que a hora de ser louco é sempre e agora
pra achar engraçado a sociedade marchar
suar e cansar
e quase nunca sair do lugar.