terça-feira, 6 de setembro de 2011

Solidão a dois.

Muitas vezes ficamos mal, nos magoando por conta de um casamento ou namoro falidos e seguimos segurando o relacionamento com uma esperança sem propósito de que um dia vai melhorar. O tempo só piora as coisas e transforma a vida dos solitários-a-dois em um peso. Por uma falsa consideração aos bons tempos, vamos empurrando com a barriga uma situação apática, sem cor, sem tesão, sem carinho, cheia de cobranças e mágoas, pois os dois querem que melhore o que já não existe de ambas as partes. Percebe-se o fim quando o tempo dos dois não combina mais e quando um decide se esforçar pra melhorar em momentos diferentes do outro. No fim o que se vê são duas pessoas tentando sobreviver em um mar de infelicidade que lhes rouba o ar, a cor, a alegria, a vida, os suspiros.
Apegam-se a casamento, família, filhos dando corda pra vida os enforcar.
O que ninguém conta é que uma paixão nesse oceano cinzento pode ser a salvação das duas vidas, por que a paixão, quando chega, ilumina tudo e expulsa com sua luz tudo o que há de podre, de sentimento estagnado, de escuridão, de silêncio. A paixão nos traz à tona, nos faz respirar, ter mais amor próprio, ter FORÇA pra mudar a velha vida, Quando um dos dois se apaixona, cria forças pra romper esse cordão umbilical, dar luz a própria vida e permitir a luz à vida do outro.
O sofrimento da separação é quase um parto, pois se acostuma a viver junto, mas libera duas pessoas pra seguirem suas vidas; pra trilharem novos caminho e quiçá encontrar a verdadeira felicidade, até mesmo, talvez, na solidão consentida.

Um comentário:

  1. Olá,

    Boas reflexões... gostei do espaço e estou seguindo.

    Abraços,

    Kleber
    http://oteatrodavida.blogspot.com/

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